Os tipos do Eneagrama
- Olhando detalhadamente cada tipo

Tipo 5
Quadro de Afirmações Típicas
-
Lembro que na infância as pessoas se intrometiam demais na minha vida.
-
Sinto que na infância recebi pouco carinho e proximidade das pessoas.
-
Gosto de ser independente dos outros.
-
Não me sinto bem em ambientes que exigem muito relacionamento com as pessoas.
-
Fico em baixo-astral quando estou em situações embaraçosas ou quando alguém me pergunta como me sinto.
-
Mantenho-me com o que tenho e procuro recolher elementos de que possa vir a necessitar um dia.
-
Não sei muito bem como participar de conversas mais voltadas para o interior.
-
Do ponto de vista intelectual, gosto de sintetizar e reunir idéias diferentes.
-
Consigo guardar meus sentimentos só para mim.
-
Custa-me alcançar ou pedir aquilo de que preciso.
-
Preciso de muito espaço e de muito tempo só para mim.
-
Sei deixar a iniciativa para os outros.
-
Freqüentemente me sinto por trás e observo os outros em vez de me envolver na ação.
-
Tenho a sensação de que sou mais calado que a maioria.
-
As pessoas me perguntam freqüentemente o que penso.
-
Tenho tendência para ser solitário.
-
Sinto tendência a ser mesquinho com meu tempo, meu dinheiro e meu eu.
-
1; Se surgem problemas, primeiro estudo por minha conta e depois discuto com os outros.
-
Procuro resolver meus problemas pensando.
-
Gosto de ver as coisas em perspectiva, retrocedendo e incluindo tudo. Se deixo algo de fora, me acuso por ser tão simplista e ingênuo.
-
É muito fácil para mim tirar conclusões.
-
Quando estou chateado comigo e com os outros, penso em mim e neles como "loucos", "idiotas", "estúpidos".
-
Meu tom de voz é muito suave e freqüentemente me pedem para falar mais alto. Isso me irrita.
-
Tendo a ser mais receptor que doador.
-
Chateia-me extraordinariamente não receber o valor de meu trabalho.

Visão geral
-
Observador, é como um castelo: estrutura alta e impenetrável, com janelinhas no topo. O ocupante raramente sai dos muros, observando em segredo quem chega e evitando ser visto.
-
Quando crianças, se sentiram incomodados: as paredes do castelo foram rompidas e sua privacidade invadida, porque a família era intrometida demais. Ou, então, se sentiram tão abandonados pela família que aceitaram seu destino, aprendendo 'a se desligar dos sentimentos a fim de sobreviver. Receberam pouco carinho e proximidade, permanecendo subdesenvolvidas suas capacidades de manifestar sentimentos.
-
A defesa é retirar-se, minimizar o contato, simplificar as necessidades, proteger ao máximo sua privacidade, criando uma distância segura. Criam um hábito de autoproteção, às vezes mascarado por sentimentos de superioridade em relação aos que procuram reconhecimento e sucesso.
-
São pessoas independentes. Podem viver felizes na solidão, têm necessidades muito modestas, não gastam energias com coisas triviais (é o eremita típico). Alguns têm fortes dons contemplativos.
-
A primeira experiência de alguns foi uma espécie de vazio, por isso desejam ardentemente a plenificação; alguns já sentiram no ventre materno: "não sou desejado", outros tiveram pais física e psicologicamente importunos ou cresceram num espaço apertado. Seu mundo interior era o único espaço livre.
-
Sentem-se vazios por dentro e incapazes de pedir e por isso se apegam ao pouco que têm (lembranças, idéias...).Raramente se interessam pela riqueza ou coisas materiais (dinheiro é apenas para manter a independência).
-
O prazer pela vida é experimentado quando estão a sós, livres para saborear retroativamente o que viveram durante ) dia.
-
Mantêm vivos os relacionamentos, precisando apenas de im contato mínimo e de maneira não verbal.
-
As preocupações são:
-
Privacidade (não-envolvimento, tem aversão a colocar seu tempo à disposição dos outros, pois tem a sensação de dispor de pouca energia e sente-se facilmente esgotado quando precisa interagir).
-
Retirar-se — medo de sentir, desviar a atenção dos sentimentos, isso é a questão central ("drama é para seres inferiores"). Supervalorização do autocontrole.
-
Emoções retardadas (sentimentos são retidos enquanto as pessoas estão presentes).
-
Compartimentalização: a vida é dividida em vários setores, os compromissos são mantidos separados uns dos outros, cada amigo é mantido em seu setor diferente.
-
Desejo de previsibilidade: saber com antecedência o que vai acontecer; algo inesperado pode pôr em pânico a pessoa, por sentir-se numa situação não desejada.
-
O modo de prestar atenção consiste em olhar a vida e a si mesmo a partir do ponto de vista de um observador externo. Isso pode gerar isolamento em relação aos sentimentos e acontecimentos da própria vida, ou capacidade de manter pontos de vista neutros, sem influências emocionais, o que ajuda na tomada de decisões) pensa com clareza sob pressão).
-
Pensam antes de agir e possuem, aparentemente, certa objetividade, é o cérebro por trás da cena, o que fica frio quando os outros se preocupam.
-
Têm propensão natural para o planejamento e projetos de longo prazo que exijam pesquisa meticulosa, trabalhando por trás dos bastidores (sem precisar de reconhecimento público).
-
Descobridores de novas idéias, pesquisadores, inventores, objetivos, interrogadores, interessados em conhecer as coisas em seus detalhes. Abertos e receptivos a novos fatos e impressões. Podem ser cabeças originais, provocantes, surpreendentes, não ortodoxas, profundas.
-
Bons ouvintes — escutam com atenção. O redimido une seus
-
conhecimentos a uma busca de sabedoria e compreensão.
-
Podem ajudar outras pessoas a perceber a realidade com mais sobriedade e objetividade.
-
Esforça-se também por conseguir um discernimento do coração.
-
Possui força interna serena, é delicado, amável, cortês, terno.
-
Sentem insegurança, sensação de não ter lar, solidão. Isso pode levar a que se fechem em si mesmo, como um animal que finge de morto quando está em perigo.
-
Passam pela vida e recolhem tudo o que podem, na esperança de preencher o vazio — desse modo se tornam receptivos e acolhedores. O não redimido é compelido a to mar (roubar).
-
A paixão de coletar se volta muitas vezes para idéias, conhecimento, sossego, espaço... ou então colecionam.
-
Precisam de ambiente privado, independente e protegido.
-
Geralmente são introvertidos — são por natureza monges, eremitas, sábios de gabinete, bibliotecários.
-
Geralmente usam óculos: sua energia se concentra em ver tudo e captar tudo; seus olhos são como aspiradores de pó; vêem tudo, ouvem tudo e retêm tudo.
-
Gostam de tirar fotografias, assumindo o lugar de observadores.
-
Tentam não se envolver com sentimentos, mas desenvolver algo com objetividade.
-
É importante para ele manter a calma, pelo menos externamente. Procura não manifestar raiva, estar enamorado ou competir com alguém; o "espalhafato" lhe é odioso.
-
Externamente isso parece petulante e frio, como se não precisasse de ninguém e se considerasse superior.
-
Na verdade, tem uma vida sentimental intensa, mas os sentimentos ficam bloqueados atrás do acontecimento (vê, retém, analisa; o sentimento só vem no final do processo).
-
Vincula-se mais aos ausentes que aos presentes (em relação aos ausentes, tem sentimentos mais vivos).
-
A amizade com o Cinco pode ser gratificante, se não esperarmos três coisas: iniciativa, proximidade corporal e constante doação total. Tem medo de estender o dedo, para que não lhe tomem a mão.
-
Quem entender isso encontrará no Cinco um amigo fiel, ouvinte, discreto, excelente conselheiro. As amizades são duradouras, desde que haja independência e liberdade para retirar quando necessário.
-
Geralmente, demoram muito a concluir sua formação para algum serviço; precisam sentir que dominam todo o assunto, para, depois, sentindo-se maduros, assumirem uma tarefa.. Mas isso nunca acontece e sua realidade nunca consegue acompanhar a realidade do mundo.
-
Fez de tudo para fugir das atenções (ou estuda bem o seu comportamento); se a conversa se torna pessoal, ele consegue desviar o assunto; quando percebe que alguém quer sondá-lo, retira-se.
-
Rejeitam "partilha" (sobretudo de sentimentos) — não querem expor-se, mas escutam com atenção o que os outros falam.
-
Muitos têm dificuldade no papel de pais.
-
Procura um cantinho bem isolado, odeia importunos e invasores, protege cuidadosamente sua privacidade.
-
Sente necessidade de retirar-se periodicamente para reabastecer-se.
-
Muita gente e muita proximidade trazem-lhe cansaço —precisa de tempo para si mesmo, para ordenar seus pensamentos.
-
Quando ficam horas a fio olhando a mesma coisa (ou nada), têm a calma que querem, ninguém pedirá nada a eles, nem precisam doar nada.
-
Nem todos são intelectuais, mas, mesmo os que não são, não se metem naquilo que não entendem.
-
O não redimido pode apresentar traços "esquizóides", desenvolver formas de autismo ou acabar no niilismo (o "pensar puro" desligando-se da corporeidade).
Auto-imagem: vejo através
Idealização: sábio
Estilo de falar: sistematizante
Tentação (dilema): conhecimento (a tentação é saber, para ele, saber é poder)
-
O não redimido acha que pode garantir sua vida tendo informações detalhadas sobre tudo.
-
Nunca fica satisfeito com o que sabe: precisa sempre de mais um curso.
-
É fascinado com os sistemas teóricos que explicam o universo ou a psique.
-
Toda a vida brilhou por ser intelectual, fica desarmado quando descobre que sua força também é seu pecado.
Fuga de: vazio
Pecado de raiz: cobiça
-
Não é um doador — armazena bens espirituais e materiais (é colecionador...).
-
Embora seja capaz de prescindir, de viver sobriamente... a cobiça é um apego ao que se tem: por medo de perder o pouco que tem e, perdendo isso, perder a independência e precisar dos outros.
Mecanismo de defesa: retirada (cair fora)
-
O que mais teme é o engajamento emocional (quando tocamos num Cinco, sua reação é um pulo ou susto). Por isso, muitos têm índole para o celibato — podem tornar-se solteirões excêntricos ou solteironas sabichonas que se ocultam por trás dos óculos. O conhecimento é a defesa.
-
Teme laços concretos — prefere ficar no mundo abstrato das idéias e teorias.
-
Explica o mundo, mas raramente faz algo para melhorá-lo.
-
Tende para o conservadorismo. (Alguns cientistas que recusam a levar em conta as implicações éticas de seus conhecimentos.)
-
Querem ver sem serem vistos (guerrilha na selva).
-
Apressadamente, apela para razões religiosas e por falsos motivos rejeita as coisas amargas da vida.
-
A meditação oriental pode ser um perigo: servir à imaginação contra o "mundo" e contra a "carne".
... Segmentação
-
Dividem sua vida em seções, que funcionam independentes. Podem ter amigos em cada "departamento", isolados, se se mantiverem nos seus limites.
-
Só encontram segurança quando as coisas ficam bem definidas e delimitadas; consideram ameaça tudo o que for surpresa, inesperado.
Armadilha: avareza (sobretudo em relação ao seu eu)
-
O que possui lhe dá segurança, tem medo de perder-se ao doar-se. Isso pode chegar ao caso patológico do avarento.
-
É modesto em suas exigências e tem inclinação para a ascese. (Controla tudo para não desperdiçar nada, e orgulha-se de ser tão comedido.)
-
Às vezes, o início da vida foi duro, pois não tinha o que precisava e aprendeu a contentar-se com pouco.
-
Avareza e sobriedade são conciliáveis no Tipo 5.
Escolha um link abaixo para ver detalhes de outro tipo: